Estes três edifícios foram escolhidos devido ao fato de que todos os três representam edifícios construídos a mais de 50 anos, encontravam-se em estado de abandono e se localizam no centro de uma grande cidade.
As diretrizes que nortearam essa intervenção consideravam as especificações mínimas em relação área útil destinada a cada unidade de habitação (34,00 m²), bem como suas especificações técnicas: pé-direito, banheiro, forro, cobertura, esquadrias e ferragens, louças/metais, revestimento interno, revestimento externo, revestimentos áreas molhadas e das áreas comuns (Caixa Econômica Federal: Especificações Mínimas PAR. Sudeste).
Tratando-se de edifícios tombados a restauração, reciclagem e requalificação destes prédios tiveram que preservar os materiais que estavam em boas condições, restaurar aqueles elementos que poderiam ser recuperados e acrescentar paredes, pisos, forros, esquadrias, instalações elétricas e hidráulicas, quando ausentes, conforme o projeto.
Foram três intervenções e para cada uma delas foi feito projetos específicos dentro da condição e estado de conservação de cada edifício, levando também em consideração tipologia, estilo arquitetônico e uso original que de alguma forma influência na escolha da nova proposta.
Durante o teto original foi apresentado as parcerias e as empresas que trabalharam na requalificação destes edifícios juntamente com a Caixa Econômica Federal (CEF), Prefeitura de São Paulo (PSP) e o Programa de Arrendamento Residencial (PAR), que financiaram estes projetos. No cenário de Belo Horizonte, onde o edifício escolhido para a requalificação se encontra, irei propor como parcerias financiadoras deste projeto a Prefeitura de Belo Horizonte e a novamente a Caixa Econômica Federal que tem reconhecida participação em empreendimentos semelhantes. Como agente executor da obra de requalificação irei propor o escritório da construtora Camargos e Diniz que já desempenhou projetos de reformas de edifícios abandonados dentro do Hiper-centro de BH.
Ed. Maria Paula
O Ed. Maria Paula ao ser requalificado para o uso habitacional atendeu às diretrizes de projeto mas deixou as unidades habitacionais muito pequenas. desta forma o publico alvo para este projeto seria formado por indivíduos provavelmente solteiros, estudantes ou que trabalham na região central de SP.
No projeto proposto para BH o publico alvo é outro. destina-se o projeto para um publico multifamiliar, onde esta família seria composta por dois a quatro indivíduos morando na mesma unidade habitacional.
Ao que parece o edifício não precisou de uma reforma estrutural drástica, se assemelhando ao projeto de Belo Horizonte que aparenta não apresentar danos estruturais graves. Mas diferente do edifício Maria Paula, o edifício de Belo horizonte não é tombado e não esta inserido em um zoneamento de interesse cultural especifico, o que dá mais liberdade para alguma possível alteração em suas fachadas.
O programa deste edifício não será referencia para a elaboração do programa do edifício que foi escolhido como tema para esta pesquisa, visto que o seu publico alvo é diferente.
Ed. Riskallah Jorge
Ao ser requalificado o edifício Riskallah Jorge não sofreu muitas mudanças em seu layout interno, pois anteriormente este edifício havia sido usado como hotel, o que facilitou quando seu uso passou a ser residencial. O edifício da Rua Rio de Janeiro fora projetado para uso comercial, o que dificultara ao mudar esse uso nos pavimentos que serão destinados a uso residencial.
Mais uma vez as unidades habitacionais ficaram pequenas para o público alvo que se pretende propor para o edifício de Belo Horizonte. Outra característica que distingui bastante do projeto proposto é a forma volumétrica triangular do edifício Riskallah Jorge, já que o edifício escolhido possui uma forma retangular.
O programa apresentado para este edifício é interessante e acredito que alguns elementos como salão comunitário para usos múltiplos e deposito de lixo serão adaptados e estarão presentes na nova proposta para o edifício em Belo Horizonte.
Ed. Brigadeiro Tobias
De todos os três edifícios apresentados nesse conjunto de obras análogas este é o que chega mais próximo do que se pretende propor para o edifício de Belo Horizonte. A unidade habitacional possui uma área maior podendo colocar um segundo quarto alem dos cômodos conjugados (sala, cozinha e copa) o que já possibilita a escolha de um publico multifamiliar.
O edifício Brigadeiro Tobias passou por uma reforma drástica até o ponto em que pudesse ser habitado de fato, o que aumentou consideravelmente os gastos com a reforma. Não é o caso do edifício de Belo Horizonte, mas tem-se que ter em mente que o edifício esta inacabado e abandonado a mais de 30 anos e sua adaptação para o uso com certeza vai ter de passar por um processo de adequação das novas leis e diretrizes construtivas vigentes na cidade, especificamente no Hipercentro de Belo Horizonte.
A volumetria tem muitas semelhanças com o edifício escolhido com seu formato retangular e o. Já as fachadas leste e oeste de ambos edifícios (Brigadeiro Tobias e o edifício ) possuem poucas aberturas, por um lado, no Brigadeiro Tobias, possuindo dois edifícios bem próximos a sua linha de divisão do terreno, e por outro, no edifício da Rio de Janeiro, devido a grande incidência solar.